Tenho falado em minhas palestras sobre o impacto que a velocidade contínua das mudanças tem causado nas empresas e a maneira como os profissionais devem encarar o futuro.
A grande maioria dos empresários, diretores e gerentes já tem consciência de que liderança se conquista dia a dia, com inovações constantes e uma filosofia voltada para o desenvolvimento de seus talentos. A concorrência no mercado corporativo mostra claramente que a posição de liderança de uma empresa não é definitiva.
Empresas líderes, na verdade não são líderes, “estão líderes”.
Porém, diretores de muitas empresas, hoje muito bem conceituadas, só perceberam as mudanças depois que elas ocorreram.
Falta de investimentos, de renovação de estratégias e acomodação fizeram com que muitos empresários sofressem grandes perdas. E, infelizmente, existem muitas corporações sendo dirigidas por mentes ainda voltadas para o modelo industrial.
Muitos estiveram no topo e não perceberam que o mundo mudou, os clientes mudaram, os concorrentes cresceram e só se deram conta quando estavam fora do mercado. Não perceber as mudanças pode ser a diferença entre o sucesso e o fracasso.
Nos esportes, principalmente no futebol, é bastante visível a estratégia de renovação constante. As equipes começam o jogo buscando marcar o gol da vitória.
Assim que um deles consegue o primeiro, em geral, passa para uma posição de defensiva e segue apenas administrando o jogo à espera do melhor momento para outra oportunidade. Em contrapartida o técnico da equipe adversária começa a fazer alterações para reverter a situação.
Em geral percebemos que após as mudanças os times começam a jogar melhor. Assim, para cada uma das equipes superar o adversário, ocorrem diversas mudanças de jogadores e estratégias. Observe que, mesmo no time que está vencendo ocorrem mudanças para a melhoria do desempenho.
A mesma coisa vem acontecendo no mundo corporativo e na carreira profissional. A concorrência é cada vez mais acirrada e exige constantes processos de mudança e atualização.
Termos como downsizing e rightsizing tornaram-se comuns na linguagem corporativa. Para obter resultados, estratégias são criadas para eliminar problemas, aumentar a produtividade e tentar colocar uma empresa novamente no caminho do crescimento. Em virtude dessa nova visão, as empresas buscam por um novo tipo de profissional.
Mas quem é o profissional da nova era?
A cada ano cerca de 1.700.000 novos profissionais saem das universidades para o mercado de trabalho. A grande maioria é jovem e com mentalidade aberta às exigências da Nova Era. Esses jovens, conhecidos como geração Y, querem entrar em campo e, estão sempre tão motivados, que acabam tomando a posição daqueles que já demonstram sinais de cansaço e que não buscam atualizar-se para manter-se no jogo.
Independentemente do tempo de carreira, o profissional que vem permanecendo está atento e aberto às mudanças do mercado e não se conforma com as circunstâncias.
Não é necessário ter saído da faculdade recentemente e sim estar sempre motivado a enfrentar desafios, possuir espírito de liderança e saber utilizar seus melhores talentos. Lembre-se que, como num jogo de futebol, aqueles que têm jogadas brilhantes permanecem.
Você quer continuar marcando gols ou não se importa de ser substituído ainda no primeiro tempo? Quem joga para ganhar está sempre em busca de novas estratégias e desafios. Quem permanece na defesa, talvez mesmo inconscientemente, joga para perder.
Então eu te pergunto; – Em que posição você está? Ganhando? Perdendo?
Realmente não importa. O que conta e sua disposição para jogasr o seu melhor jogo e estar disposto a mudar, mesmo que seu time esteja ganhando.
Forte abraço e sucesso sempre!