Recentemente muito se tem falado no termo quadrado mágico. Esse é o nome dado ao esquema tático da seleção brasileira, o qual reúne os quatro maiores craques jogando de forma ofensiva contra o time adversário. Esse esquema funcionou em vários jogos porque o técnico Carlos Alberto Parreira conseguiu unir uma equipe de estrelas em prol de um objetivo comum. Analisando esse aspecto me deparei com uma intrigante questão: por que isso não tem acontecido com um time repleto de estrelas como, por exemplo, o Real Madri que não conseguiu se destacar como campeão? Por que os “Galácticos” como são conhecidos colocam a individualidade à frente da equipe?
Em uma alusão ao mundo corporativo podemos observar qual é o comportamento de muitos profissionais que colocam interesses pessoais à frente dos objetivos da empresa. Assim como no futebol temos estrelas que querem brilhar sozinhas, no mundo dos negócios parece acontecer o mesmo. É freqüente ouvirmos sobre a contração de um grande executivo que vai levar a empresa a uma era de prosperidade e crescimento, são tratados como celebridades e ganham verdadeiras fortunas para gerar grandes resultados. Mas será que só isso resolve? Um bom exemplo é o do norte americano Steve Jobs, fundador e presidente da Apple Computers, considerado um verdadeiro gênio inovador, Jobs era um gênio, mas também era individualista e acabou sendo demitido da empresa que criou. O tempo passou e a Apple passou por vários problemas entre o final da década de 80 e a metade dos anos 90, a empresa estava prestes a quebrar quando em 1997, Jobs teve um câncer que quase o matou e ele então percebeu o quanto somos todos frágeis e que precisamos uns dos outros. Lição aprendida ele retorna e transforma a Apple em uma das empresas mais inovadoras do mundo. A Apple Computers desfruta hoje de um verdadeiro Record em vendas de Ipods no mundo todo e a empresa vale hoje cerca de U$ 74 bilhões.
Num time unido e coeso, os talentos individuais juntos brilham muito mais do que cada um conseguiria sozinho. Não há resultados positivos quando uma equipe inteira se posiciona para jogar em função de um único talento. O jogador Romário, por exemplo, tem um objetivo e este não é comum ao restante do seu time. Ele almeja alcançar a marca pessoal do milésimo gol e sua postura fere o senso de equipe. Você é alguém que sabe trabalhar em equipe ou está apenas preocupado com seus próprios recursos e méritos individuais? Pense nessa questão e reveja tanto o seu posicionamento quanto o resultado dos seus empreendimentos. E, lembre-se do sábio ditado popular: “uma andorinha só não faz verão”.