Largue a pedra que o impede de vencer

Esta semana decidi contar uma estória que li há algum tempo. Lembro-me ainda hoje o impacto que esse texto me causou. Embora seja uma ficção, assim como eu fiz, você pode associar ao que você vem fazendo com sua própria vida e tirar suas conclusões.

Certo dia, um monge caminhava por uma estrada quando foi abordado por um ladrão.

– É um assalto, me passe tudo que você tem, avisa o ladrão.

– O que eu tenho são apenas minhas roupas, responde o monge.

O ladrão percebeu que era verdade e por se tratar de um monge decidiu desabafar e contar sua história de vida.

– Seu monge, eu não vou assaltá-lo, mas quero que o senhor me ajude. Sou ladrão porque eu apanhava muito quando era pequeno. Meu pai abandonou minha mãe e eu e com isso ela sofreu muito. Ela morreu de desgosto. Eu fui parar numa creche e sofri demais. Era um lugar muito rígido, tinha que ter disciplina, então eu fugi de lá e na rua comecei a roubar. Eu não sou culpado. A culpa é do meu pai que batia em mim e blá blá blá blá… e o ladrão repetiu sua história.

Nesse momento o monge diz para ele:

– Tenho sede!

– Mas o senhor não me entendeu! Eu sou assim por causa do meu pai e blá bláblá blá…, repetiu o ladrão.

– Tenho sede, repete o monge.

– Seu monge, o senhor não está me escutando! Eu sofri muito, meu pai me abandonou… reclama o ladrão.

– Tenho sede, insiste o monge.

– Está certo seu monge, diz o ladrão, eu conheço um poço aqui perto e vou levar o senhor até lá, mas depois eu quero que me diga o que fazer, porque eu sou um ladrão e blá bláblá blá…

Chegando ao lugar, o ladrão viu que o poço estava quase vazio e não dava para pegar água apenas com o balde. Ele pensou e disse:

– Seu monge, eu vou baixar o senhor até lá embaixo e o senhor bebe quanta água quiser. Quando  estiver satisfeito é só puxar a corda e eu trago o senhor para cima.

Assim fizeram e lá foi o monge. Amarrado pela corda desceu até o fundo poço… Mais de 15 minutos haviam se passado e nada do monge puxar a corda. O ladrão gritou:

– Ô seu monge! O que está fazendo ai?

Nesse momento o monge puxa a corda e o ladrão “tenta” trazer o monge para cima, porém, ele estava muito pesado e o ladrão não conseguia puxá-lo…O ladrão fazia força e nada! O ladrão então resolve olhar para ver o que estava acontecendo e percebe lá no fundo do poço o monge agarrado a uma enorme pedra. O ladrão irritado diz:

– Ô seu monge, você quer me deixar nervoso? Já não bastasse tudo o que sofri na vida!  Larga logo essa pedra para que eu possa te trazer de volta! O monge então larga a pedra e finalmente sai do poço.

O ladrão então diz:

– Pronto seu monge, o senhor já bebeu água, já matou a sede, agora quero que me diga o que eu devo fazer, por que eu sofri, meu pai me abandonou e, já ia começar tudo de novo, quando o monge olha para ele e diz:

– Meu amigo LARGUE A PEDRA!

Muitas vezes nos sentimos desmotivados por não alcançar os resultados que gostaríamos. Culpamos as pessoas, as circunstâncias, o governo, a inflação… enquanto na verdade precisamos apenas “largar a pedra” e continuar a caminhada. Quando nos agarramos aos problemas, que são como pedras no fundo do poço, não encontramos a solução e as oportunidades que a vida nos oferece constantemente.

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